(PDF) ICNOLOGIA: interações entre organismos e substratos

来自 : www.researchgate.net/publicati 发布时间：2021-03-26

480natural em duas unidades: um pacote arenoso inferior, a Formação Furnas, e, outro, essencialmente pelítico, sobreposto, a Formação Ponta Grossa. Na maior parte da bacia, a Formação Furnas assenta-se sobre os estratos ordo-vício-silurianos do Grupo Rio Ivaí, mas também pode ser encontrada direta-mente sobre as rochas do embasamento. O topo da Formação Ponta Grossa é assinalado por uma discordância regional desenvolvida no nal do Devoniano e, sobretudo, no Carbonífero, quando o Gondwana sul-ocidental experimen-tou extensa glaciação continental. Esta discordância reete-se no registro estratigráco como uma signicativa lacuna entre os depósitos microclásticos neodevonianos da Formação Ponta Grossa e os conglomeráticos neocarboní-feros do Grupo Itararé (Milani et al., 2007).A Formação Ponta Grossa, unidade de interesse do presente estudo, foi descrita inicialmente no estado do Paraná, onde é representada pelas “camadas de transição” (sensu Petri, 1948) e pelos membros Jaguariaíva, Tibagi e São Domingos (Lange Petri, 1967; Milani et al., 2007). Sua porção mais basal é caracterizada pelas “camadas de transição”, constituídas por arenitos nos a muito nos com estraticações cruzadas hummocky e laminações cruzadas por ondas intercalados com níveis de argilitos pretos, e interpretadas como o pro-duto de um evento transgressivo que recobriu os arenitos marginais marinhos da Formação Furnas e culminou com a sedimentação dos folhelhos marinhos da Formação Ponta Grossa, sem que haja interdigitação signicativa entre as mesmas (Petri, 1948; Popp Barcellos-Popp, 1986; Assine et al., 1994).Imediatamente acima das “camadas de transição” ocorrem rochas micro-clásticas (siltitos intensamente bioturbados, siltitos laminados fossilíferos, folhelhos namente laminados e fossilíferos), que podem apresentar interca-lações com arenitos muito nos, por vezes contendo estraticação cruzada hummocky, atribuídos ao Membro Jaguariaíva. Estas rochas apresentam idade de deposição compreendida entre o nal do Pragiano e o início do Emsiano (Grahn et al., 2010) e marcam os estágios iniciais da transgressão responsável pelo afogamento dos sistemas parálicos a costeiros da porção superior da For-mação Furnas (Petri, 1948; Lange Petri, 1967; Bergamaschi, 1999; Milani et al., 2007). O aumento na proporção de sedimentos silto-arenosos, marcado pela maior representatividade de camadas de arenitos nos com laminações cruzadas por onda e estraticação cruzada hummocky, caracterizam o Membro Tibagi. Estas camadas de arenitos estão organizadas em ciclos coarsening upward, com folhelhos e siltitos com laminações cruzadas por onda na base, reetindo um contexto de regressão normal dada pela progradação de sistemas deltaicos provenientes da borda norte-nordeste, onde é bastante expressivo o aporte de sedimentos arenosos (Andrade Camarço, 1982; Assine, 1996).Os depósitos do Membro Tibagi, quando presentes, são bruscamente afogados por uma espessa seção de folhelhos negros namente laminados,